Não pretendo ser feliz,
mas verdadeiro.
(Friedrich Nietzsche)
A vida é um espetáculo
de mágica e ilusionismo.
A platéia só vê o picadeiro
que deseja ver.
O palhaço é o controlador
de todas, menos das suas
emoções.
Sempre escondido no pó
de arroz, ninguém sabe o
que ele é.
O palhaço desenha o sorriso
no rosto com tinta guache,
para esconder as lágrimas
que borram a maquiagem.
Ele faz de tudo e cambalhota
para o publico pouco sorrir,
para aplaudirem por um
momento o personagem
que criou.
Um momento de gloria é
bom sentir,
mas depois que a torneira
da realidade
o pó de arroz vai
desmanchando,
ninguém mais
sabe seu nome.
Ninguém sabe além dele o
que deseja, ou realmente
o conhece.
Quem sabe ele se chama
João ou José, mas para o
público é só o palhaço
Zé Mané.
Ele é o ilusionista dos
sentimentos e vive sempre
coberto com a máscara da
fantasia.
No picadeiro da vida faz
seu espetáculo até o dia,
em que se aposentara
de si mesmo e será
ele
mesmo.
Assim ele continua com
sua cambalhota sem fim,
pó de arroz,
sorrisos de guache e
lágrimas de sal.
Tudo para arrancar do
público um efêmero sorriso,
tudo por um momento de
glória esquecido.
Autoria: Jordão Tomaz
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