10 de novembro de 2010

SEREiAS






O amor não se vê com os
olhos mas com o coração.

(William Shakespeare)









Elas me hipnotizam com suas vozes.

A beleza incomum vitrifica minhas
                      pupilas e defesas.

São uma mistura de
deusas e demônios.

Permanecem em seus tronos de
rocha tomando conta dos mares.

Elas não me perseguiram, eu que
       estou indo na direção delas.

Temo e desejo me perder em seus braços,
ouvir suas melodias e atracar o navio
                         em seus jardins.

O pecado mora em meus olhos,
por isso meus companheiros querem
arrancá-los e mudar o curso do leme.

As sereias me esperam de braços abertos,
mas para abraçá-las preciso abrir mão
do meu chamado e do paraíso.




Jordão Tomaz

2 comentários:

  1. Jordão,
    Oi meu nome é Carla Restier, estou começando (e aprendendo) a abrir uma página no facebook (Maravilhas da Internet e Outros...), procurava por fotos e junto achei e gostei do poema. Posso publicar em minha página seu poema e seu blog?
    Obrigada

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